
Não é pesado, meus caros, tem, mais ou menos, um quilo , o que significa dizer, caros amados, que ele tem entre 1,5% a 2% do peso total de um ser mortal adulto normal. Esse rapazinho, o cérebro, gasta 20% de toda energia que do corpo é desprendida e consome 40% de toda a proteína que os seres mortais adquirem diariamente. Entre as duas orelhas dos mortais, é estimado que hajam mais conexões entre neurônios do que astros e estrelas em toda a via Láctea.
Ele, o cérebro, é quem coordena as funções que garantem a continuidade e a sobrevivência dos seres viventes, meus caros seres tão pequenos e tão mortais. Em todas as emoções, nas atrações denominadas sexuais, no amor familiar, nos pensamentos, nos sonhos e nas lembranças, o seu trabalho mais elementar é captar os estímulos externos, que por sua vez, o são feitos pelos sentidos, e transformados naqueles impulsos eléctricos que percorrerão os neurónios. Esse acto, gerará um número incontável de registros. Todos esses registros são, caros mortais, devidamente catalogados e arquivados na memória dos seres mortais. E é a ela que o cérebro dos mortais recorre sempre que precisa otpar por decisões, coordenar os movimentos do corpo, concatenar os pensamentos e...afins.
Quando os seres mortais ditos humanos adquiriram a condinção de racioncinar sobre sua própria existência de mortal, os cérebros dos seres mortais mortais tornaram-se, também, um desafio perene a razão e ao entendimento dos seres mortais. Infelizmente, ou felizmente, o sonho, o pensamento, as ilusões, as fantasias, desilusões e afins, acabam-se um dia. A máquina cerebral pára o seu funcionamento. E o que resta? Resta somente uma obra edificada, ficam os descendentes que, por sua vez, darão seguimento ao sonho. Permanece um trabalho realizado. De facto, isso é importante desde o "paleio", ou seja, desde a antiguidade toda, meus caros e pobres seres mortais.
O sonho impele à vida, e os seres mortais nunca param de sonhar. Isso é bom! Devemos celebrar o cérebro!
Felix qui potuit rerum cognoscere causas. (Feliz daquele que pôde conhecer as causas das coisas. )
Fiquem bem.